MP PEDE AFASTAMENTO DO PREFEITO E DOIS ASSESSORES EM SÃO
LUIZ DO PARAITINGA
Ação aponta supostas irregularidades em licitações
ligadas ao Transporte. Alex Torres (PR) nega as acusações e fala que “denúncias
são levianas”.
O Ministério Público
ajuizou uma ação civil pública contra o prefeito de São Luiz do Paraitinga
(SP), Alex Euzébio Torres (PR), duas empresas e outras oito pessoas por
suspeita de irregularidades na contratação de empresas de transporte escolar e
urbano na cidade. O MP pede o afastamento do prefeito e dois assessores, além
da perda dos direitos políticos do chefe do Executivo por oito anos, bloqueio
dos bens de todos os envolvidos e pagamento de multa de R$ 50 mil pelo prefeito
por dano moral coletivo. O prefeito nega as acusações. De acordo com a
ação, houve contratação ilegal emergencial por dispensa de licitação das
empresas Locadora Real do Vale Ltda. e Expresso
Fênix Viação Ltda. para prestação do serviço de transporte escolar no
município, com o objetivo de favorecer aliados políticos do prefeito Alex
Torres. Entre eles, estão o ex-diretor de planejamento e diretor de patrimônio
e almoxarifado da prefeitura, José Antonio Rodolfo da Silva e Moreira –
apontado como sócio oculto da empresa Locadora Real do Vale Ltda. – e o
deputado estadual Edmir José Abi Chedid
(DEM), com quem Alex Torres trabalhou como assessor de 2003 a 2012. As
investigações do MP já duram seis meses e tiveram início após uma representação
de um morador do município que fazia o transporte escolar e teve conhecimento
que haveria a mudança na prestadora de serviço. "A partir daí iniciamos a
colheita de documentos, ouvir testemunhas. Alguns documentos por parte da
prefeitura vieram parcialmente em um primeiro momento. Depois é que vimos qual
era a gravidade da situação e ajuizamos essa ação pedindo o afastamento desses
agentes públicos para garantir o bom andamento da colheita de provas, que não
haja intimidação de testemunhas, manipulação e adulteração de documentos ou
qualquer obstáculo que eles (acusados) criem", relatou o promotor do MP e
autor da ação, Henrique Lucas de Miranda, ao G1. O MP ainda aponta
irregularidades na transferência da concessão do serviço de transporte público
de passageiros da empresa Viação Natali & Imperial Ltda., cujo contrato
tinha prazo de término em 2016, para a empresa Expresso Fênix Viação Ltda., que pertence ao empresário e
parlamentar Edmir Chedid, em
cumprimento de promessas de campanha assumidas pelo prefeito Alex Torres e em
troca da obtenção de apoio político durante a disputa eleitoral de 2012.
Comissão Especial de Inquérito
Os contratos do setor
de transportes também são alvo de uma Comissão Especial de Inquérito na Câmara
Municipal desde o último dia 26 de junho. A denúncia de supostas irregularidades
partiu de uma investigação da comissão especial de fiscalização da
Câmara. Até agora, nove das 11 testemunhas convocadas foram ouvidas pelos
parlamentares. A convocação do prefeito para prestar esclarecimentos deve
ocorrer na primeira quinzena de setembro. O inquérito da comissão já levantou
cinco mil páginas, entre documentos e declarações das testemunhas. O material
também foi encaminhado para o Ministério Público e o Tribunal de Contas do
Estado. Após a oitiva feita pelos vereadores, o prefeito vai ter mais
cinco dias para apresentar as alegações finais de defesa. Depois disso, os
vereadores que integram a comissão têm mais cinco dias para elaborar o
relatório final da CEI e apresentá-lo aos vereadores, que podem decidir ou não
pela cassação do mandato do prefeito. Serão necessários seis votos para que
isso aconteça, o que representa 2/3 do número de parlamentares.
Outro
lado
Procurado, o prefeito
de São Luiz do Paraitinga informou
que ainda não foi notificado da ação do MP, negou irregularidades nos contratos
e classificou as denúncias como falsas e levianas. “Todos os documentos que o
MP solicitou nós fornecemos dentro do prazo e, por informações preliminares que
tenho, em nenhum momento é afirmado que houve superfaturamento ou desvio de
recursos públicos. Fizemos a licitação emergencial no transporte escolar, mas a
empresa que ofereceu o menor preço ganhou. Ser investigado não quer dizer que
se deve. Quero que os fatos sejam apurados, confiamos na Justiça”, afirmou, por
telefone, ao G1. O deputado estadual Edmir Chedid foi procurado, mas por
meio de assessoria informou que desconhece a ação do Ministério Público.
Do G1 Vale do Paraíba e Região
Enquanto isso, aqui em Serra Negra, as empresas do grupo chedid deitam e rolam! Quando isso vai acabar? Vamos acordar povo, judiciário, etc!!!
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