DEU NA GAZETA BRAGANTINA

FERNÃO DIAS 6 X 0 FRANGINI, JESUS, DEP. EDMIR CHEDID E ETC…

TRIBUNAL CONFIRMA SOBERANIA DAS URNAS

Agora Bragança está nas mãos de Fernão Dias (PT) e Huguette Theodoro (PTB) durante os próximos quatro anos. A indecisão política que criou uma instabilidade administrativa durou seis meses e terminou ontem após o Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo ser favorável, por unanimidade (6 X 0), ao recurso do petista. A expectativa era grande por parte da população e a situação dificilmente será revertida no Tribunal Superior Eleitoral, última instância de recursos. Fernão Dias venceu legitimamente as eleições em outubro de 2012 e ontem comemorou a vitória pela terceira vez. Após ter o registro de candidatura cassado em dezembro de 2012, pelo então juiz eleitoral de Bragança, Juan Paulo Haye Biazevic, Fernão Dias conseguiu liminar que permitiu a posse no dia 26 de janeiro, quando o segundo colocado nas urnas, Renato Frangini (DEM), deixou a Prefeitura, após um período de 23 dias no governo. A liminar foi concedida por 4X1 no TRE. A acusação da coligação do DEM era de que o petista teria cometido abuso de poder econômico durante pronunciamento em um evento realizado em época de campanha eleitoral. Ontem, um dos advogados do DEM, Vita Porto, informou que vai recorrer no TSE. As provas foram gravadas clandestinamente e a acusação insiste na batalha. A Coligação do PT/PV/ PTB venceu as eleições contra outros 12 partidos da principal coligação rival, liderada pelo DEM. O PT/PV/PTB ainda elegeu quatro vereadores, mas um deles se tornou oposição de Fernão Dias. Eleito com 32.605 votos, nunca perdeu a confiança de que a justiça seria restabelecida em Bragança. Em seus discursos, sempre enfatizou que lutaria até a última gota de suor. Foram 96 dias de campanha eleitoral, ininterruptamente. Também dizia que seus eleitores não se vendem a troco de bife e cerveja.

EDITORIAL

O POVO VENCEU!

Pela segunda vez na sua história Bragança passa por provações e situações inusitadas. Coincidentemente ou não, situações provocadas pelo mesmo grupo político, os Chedids, que não aceita derrota, não sabe perder. A primeira foi em 2004, quando Jesus Chedid, eleito prefeito, foi cassado em 2005, condenado e perdeu direitos políticos. A segunda foi ano passado, quando seu candidato Renato Frangini perdeu a eleição por 21 votos e, inconformado, o grupo liderado pelo deputado Edmir Chedid (DEM) provocou a instabilidade administrativa no município, que se encerra com o resultado do julgamento de ontem. O Tribunal Regional Eleitoral referendou os nomes de Fernão Dias e Huguette Theodoro, como prefeito e vice eleitos nas urnas pela vontade popular. Um amontoado de situações foram elencadas na acusação, algumas consideradas ilegais, que agora foi fragorosamente rejeitado pela unanimidade dos julgadores do T.R.E = 6X0. Ainda pode caber recurso ao T.S.E, porém, depois de uma derrota por 6X0 é improvável que a situação se reverta. Recorrer é um direito. Aceitar a derrota por justiça é um ato de democracia e respeito ao povo que votou no Fernão e em Huguette. Acabou a agonia da cidade. Não há mais justificativas para nada. Agora é continuar trabalhando e limpando o chorume político que ainda se esconde na administração municipal. O restabelecimento da justiça do pleito de outubro do ano passado consagrou a vontade soberana das urnas que o Grupo Chedid tentou profanar por meio de possíveis brechas na lei que pensou pegar. Não pegou. A vitória de ontem no tribunal foi do povo bragantino, do Fernão, da Huguette e demais apoiadores que acreditaram que venceriam os dinossauros da política local. Enfim, foi feito Justiça!