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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A FARSA É MONTADA


Já no início da conversa, DEMÉTRIUS DO BIMBO adverte os presentes que deveriam “bolar bem a conversa”, já que o “promotor é esperto, não é tonto”. Imediatamente, DEMÉTRIUS DO BIMBO dita às testemunhas o teor das declarações que deveriam prestar. Simulando o provável interrogatório, DEMÉTRIUS DO BIMBO faz aos presentes algumas perguntas que, em seu entender, seriam a elas dirigidas pelo órgão do Ministério Público:- “Alguém fez alguma coisa de graça para vocês? Algum candidato fez alguma coisa de graça? O prefeito fez alguma coisa?” Então, DEMÉTRIUS DO BIMBO aponta quais devem ser as respostas corretas (ainda que mentirosas) a esses questionamentos:- “não, o prefeito, nem falei com o prefeito.” Para justificar o uso do maquinário e equipamentos da Prefeitura na realização das obras, DEMÉTRIUS DO BIMBO aponta qual deverá ser a justificativa:- “Fala eu fui lá, recolhi as horas lá, que a prefeitura recolhe para todo mundo, recolhi as horas e acabou, entendeu?” Ciente de que poderia se exigir das testemunhas a comprovação dos gastos com as obras, DEMÉTRIUS DO BIMBO forja a mentira que eles deveriam apresentar:- “ó doutor, eu comprei o tubo lá em Lindóia, lá em 2011, não queria que eu guardasse a nota do tubo, né?” Um dos presentes pergunta a DEMÉTRIUS DO BIMBO como deveria responder ao questionamento das pedras utilizadas na obra, cujo material foi doado por ele em troca dos votos. Ardilosamente, DEMÉTRIUS DO BIMBO responde:- “fala que vocês compraram.” E mais uma vez DEMÉTRIUS DO BIMBO se certifica se todos compreenderam a necessidade de mentir:- “Entendeu? Então a linha, a linha é essa aí. O que não pode é cada um falar uma estória, né? Mas DEMÉTRIUS DO BIMBO vai além. Como forma de afastar qualquer participação da Prefeitura e de seus agentes na conduta ignóbil por ele arquitetada, orienta as testemunhas para que “sabe o que você tem que falar da prefeitura também? Fala, olha doutor, tanto que eu paguei a coisa, que eu to querendo que faça a estrada minha aí, a estrada tá uma desgraça aí, e não fizeram. Se tivessem feito tinham feito a estrada também, né? Iam fazer só a ponte?” Os presentes se surpreendem com a malícia de DEMÉTRIUS DO BIMBO e com a capacidade dele tramar a mentira e lhe dar ares de verdade. Neste momento todos os presentes caem na risada. Riem de ter vendido o voto a um político corrupto e fisiologista. Riem da própria ignorância. Como forma de assegurar a impunidade de sua conduta, DEMÉTRIUS DO BIMBO reitera a todos que devem dizer que “ninguém fez nada de graça para nós, nem a prefeitura, nem candidato, nem ninguém.” A essa altura, já sem nenhum pudor (se é que possui essa qualidade), DEMÉTRIUS DO BIMBO mostra-se mais enfático e específico:- “ele (Promotor de Justiça) não vai perguntar pra quem você votou, certo? Agora, você conhece? Ah, teve gente que fez reunião lá? Teve uns par de candidato. Ah, o coiso fez também, o Demétrius? Fez também. Entendeu? Todo mundo fez?” DEMÉTRIUS DO BIMBO quer desassociar sua pessoa das testemunhas:- “então, fala todo mundo foi lá. Teve gente que foi lá pedir voto? Teve gente que foi pedir voto. Todo mundo foi? Foi. Entendeu?” Entretanto, nem bem terminou o seu discurso, um dos presentes diz que, na verdade, apenas um candidato passou por lá pedir votos. À exceção, por óbvio, do investigado. Ou talvez a testemunha tenha sido literal, já que DEMÉTRIUS DO BIMBO não pediu, mas sim comprou...No final da conversa, as testemunhas e DEMÉTRIUS DO BIMBO tentam achar um valor a ser apresentado como o total de gastos com a obra. DEMÉTRIUS DO BIMBO sugere que as testemunhas digam que a obra custou R$ 5.000,00. Segundo ele, esse valor poderia confirmar a mentira. Uma das testemunhas diz:- “se fosse fazer um servicinho daquele particular (referindo-se à construção da ponte), se fosse pagar do bolso tudo particular, é capaz que ficasse uns doze paus (doze mil reais), treze paus (treze mil reais), acho”. A testemunha então pergunta ao Secretário de Serviços Municipais se seu raciocínio estava correto:- “não é Jorge?” Essa frase é sintomática e bem reflete que as testemunhas não arcaram com o valor total das obras, já que sua maior parte foi custeada por DEMÉTRIUS DO BIMBO, quer pela entrega de dinheiro, quer pela entrega de materiais, quer pelo emprego de máquinas, equipamentos e servidores públicos.
(trechos extraídos da AIJE nº 83877)

5 comentários:

  1. acredito que nao é só aponte que caiu ao topetinha tb...SR BIMBO CADE SUA HONESTIDADE???? SE É QUE EXISTIU UM DIA.

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  2. São tantas trapassas , irregularidades, chega , por favor chega, chega Serra Negra esta cansada nosso povo não merece isso , tenha esperança que isso seja a gota d agua para que tudo venha tona,nossos goveno isso é um esgoto a céu aberto

    D.I.Y

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  3. A paciência é a mãe das virtudes.
    Passei alguns maus bocados nas mãos deste rapaz, de seu pai e de outros integrantes daquilo que eu considerava um inescrupuloso e agora falido grupo político.
    Sou temente a Deus e me arrependo de minhas falhas de humano pecador. Mas o meu maior arrependimento está no fato de eu ter perdoado o "honesto" prefeito desta cidade na medida em que eu acreditei que seu pedido de desculpas feito a mim fosse "honesto" de verdade.
    Hoje, depois de ver de camarote um processo político eleitoral regado de ilegalidades e insensatez, e de subir a tona uma pequena parte do verdadeiro perfil destes homens, eu posso dizer também que a paciência é a mãe da esperança e que Deus é Fiel.
    Um grupo político que ganha as eleições sob a bandeira da HONESTIDADE mesclada à JUVENTUDE e acaba envergonhando toda a população serrana através de atitudes altamente condenáveis só poderá falir; pelo menos aqui nesta cidade onde uma sórdida verdade mostra a ponta de um bloco de gelo a flutuar num oceano de mentiras e maldades.
    E vai falir sim, terei paciência para esperar mais esta vitória da moralidade, a não ser que o povo que neles votou seja cego e surdo e continue sendo burro ou seja do mesmo naipe de seus eleitos.

    Por
    Incorruptível

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  4. Sabe pessoal. Todas estas palavras sobre essa vergonha, enviadas por pessoas nativas dessa bela cidade, com a finalidade de expressar revolta e vergonha, deveriam declarar os nomes e não acobertar-se sob o manto indigno do anonimato. Aquele que tem mêdo de falar, de se insurgir contra o erro seja ele político ou não, evidentemente não honra sua própria personalidade. Têm mêdo da perseguição? Toda "perseguição" tem determinado custo para o perseguidor, seja ele qual for, hoje ou amanhã ele paga. O perseguidor normalmente está amparo, encostado num "perseguidor maior, e, para isso não precisa ser "corajoso" para abater os mais fracos. O perseguidor tabém é o maior covarde porquanto usa da força e do poder que ostenta. Esses mini ditadores não têm coragem de enfrentar suas atitudes de homem para homem, de olho no olho ou no braço, independente de cargo, atividade ou função. Sou e sempre fui um homem honesto e trabalhador, Jamais consegui nada de graça ou através de atos ilicitos, razões pelas quais NÃO SUPORTO PERSEGUIÇÕES. PASSEI POR VÁRIAS PERSEGUIÇÕES MILITARES DURANTE MAIS DE 21 ANOS NOS TEMPOS DUROS E NEGROS DA CHAMADA "REVOLUÇÃO" DOS MENTIROSOS DE 1 DE ABRIL DE 1964. SOBREVIVI A TODAS ATÉ A DATA DE HOJE E SE HOJE ACONTECER DE TENTAREM ME PERSEGUIR, SIMPLESMENTE IREI ME DEFENDER E NÃO DEIXAREI JAMAIS DE ESCOLHER QUALQUER FORMA E MEIO DE DEFESA, SEM NENHUMA EXCEÇÃO. Você que reclama e se insurge contra o êrro, a corrupção e a omissão dolosa dos deveres, fale em seu próprio nome. Você não estará sozinho! Tenha certeza! Vocês já notaram que a coragem não tem cor politico-partidária? Não me julgo valente e nem quero sê-lo, mas sei me defender no caso de perseguição. Prof. Dr. Abner Di Siqueira Cavalcante, o "Forasteiro" na cidade que escolheu para viver, trazer família e dinheiro.

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  5. Agora sobre o caso da ponte em si. Tendo como experiência de vida e sendo um dos pilares na distruição da justiça social, na condição de proofessor e advogado há mais de 40 anos, entendo que o maior erro já cometido foi aquele de tentar "enganar a justiça". Foi esse ato demonstrativo claro e insofismável da certeza da impunidade que assola nosso país. Porém se esquecem de que a "justiça é humana, porém tem o odor, perfume do divino" Até os políticos mais expressivos em termos de corrupção estão sendo punidos pela justiça, sobre a qual depositamos nossa fé e esperança. Ela tarda, mas não falha hodiernamente. Esperemos pelo julgamento da causa, dentro do espirito de legalidade e moralização. Vejam o caso Renan Calheiros e tantos outros. O que ganharam? Nada!!Só fama de desonestos. É o resultado final com o beneplácito do povo, a exemplo do que informa o "Anônimo" 16 de novembro de 2012 às 09:56 hora eminutos. Ressaltam dele e de outros as péssimas e pesadas recordações.

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